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TRÊS NOMES DO DESEJO: ANTÍGONA, HAMLET E HÖLDERLIN

Por: Mauro Mendes Dias

A introdução do desejo do analista e da sublimação ao final do Seminário 6 evidenciou um além do desejo do Outro, como desejo do sujeito. As reelaborações de Freud e Lacan destacaram a interpretação como o elemento principal do tratamento psicanalítico que permite experimentar o desejo de uma forma que não se restringe apenas em não manter o recalcado. Ao nomear o grafo do desejo, Lacan evidenciou que o desejo é o efeito de quatro relações com efeitos sobre o sujeito que ali comparece como sujeito do desejo. Enfocando a dialética do desejo o artigo sugere que o desejo do analista é uma referência que permite situar a passagem do desejo e sua interpretação para a ética da Psicanálise, hipótese através da qual se esclarecem os motivos pelos quais Lacan se valeu da tragédia, em que os personagens que a sustentam viram nome próprio.