Por Mauro Mendes Dias
O artigo elabora sobre a a noção de que o privado se estrutura pelo inconsciente, como linguagem, não sendo sinônimo de privativo. Os desdobramentos da articulação entre público e privado, situam a presença da voz e do olhar na dinâmica da estruturação do sujeito. Seja pelo discurso, seja pelo corpo, o sujeito se estrutura pelos meios que o discurso capitalista, por via de sua instrumentalização, irá se valer para assujeitá-lo. Ser capturado como objeto, pelo olhar e a voz do Outro, ainda que não seja de forma definitiva, corresponde a incluir a loucura como o efeito dessa sujeição. Há que se situar, hoje, as modalidades discursivas que promovem a atualização da políticas que organizam nosso laço social pelo gozo sacrificial, enquanto excludente, expulsante.