Por: Laerte de Paula
Resumo: A sabedoria popular e os dicionários legaram à palavra sedução uma reputação pouco digna. Ora significada como persuadir com astúcia, sob promessa de vantagens, ora associada a enganar, corromper e subornar, é possível dizer que somente uma pequena parte da sedução se enlaça a essas acepções. Acontece sedução toda vez que uma diferença irrompe em uma articulação significante, seja através de uma subversão, uma escansão, uma disjunção de sentidos. Neste trabalho, propõe-se uma introdução a este campo a partir da proposta de pensar a sedução como um efeito indissociável das condições da trama significante e da relação que o falante sustenta com esta estrutura. É o caso aqui de propor uma incursão em busca da história do termo para, a partir daí, recolher sua potência e seus impasses para um início de reflexão com o campo clínico. Palavras-chave: sedução, psicanálise, linguagem.