Por Mauro Mendes Dias
O artigo visa depurar as elaborações sobre o ódio considerando que se evita levar adiante sua teorização, tanto quanto de tentar articular os impasses que produz na transferência. A retomada
do tema do ódio ganha significação especial para aqueles comprometidos em zelar pela formação
do psicanalista. A ligação entre o ódio e a política vem, pela psicanálise, marcada primeiramente
pelo fato de podermos traduzir tal ligação como sinônimo entre gozo e laço social, ou seja, entre
gozo e discurso. Passando pela internacionalização do ódio, o artigo conecta-o à globalização e situa
sua significação em psicanálise. Cunha o conceito de vociferação e acaba propondo que a instituição
psicanalítica não deixa de preservar condições de sustentação do ódio.