Por: Cristiana Kehdi Gerab – crisgerab@gmail.com
Resumo: O presente artigo traz a ideia de que a idade e o tempo cronológico podem confrontar o sujeito a fazer passagens que, inconscientemente, não são possíveis. O sujeito empurrado por um imperativo cronológico, como a adolescência ou a velhice, podem encontrar uma crise que culmine nas versões neuróticas da urgência subjetiva ou da paralisia. A atemporalidade inconsciente clama por um tempo de compreender que deve ser sustentado pelo psicanalista, também ele confrontado pelos imperativos do tempo. O artigo traz duas vinhetas clínicas seguidas de elaborações teóricas que levam em conta os temas da urgência, da angústia e do Real na clínica psicanalítica.
Palavras-chave: tempo; cronologia; envelhecimento; urgência; angústia.