Por: Mauro Mendes Dias
Este artigo é parte do “Tributo a Alain Didier-Weill” [1939-2018] realizado no MIS-SP. Aponta que ele estendeu o que foi iniciado por Freud e subvertido por Lacan quando discutiu a musicalidade na voz materna, bem como a essência da música, tendo trazido a presença desta, do canto, do teatro e da dança como íntimos à nossa constituição. Didier-Weill também reconheceu, em Lacan, a presença da música, através da poesia. Se Freud entende as artes, em particular a literatura, a escultura, a pintura e o teatro, como moldados a partir de um dos elementos que nos é constitutivo — a fantasia, com Lacan se encontra a possibilidade de situar o desejo e sua derrisão, seja pela tragédia, seja pela comédia.