Por: Mauro Mendes Dias
Psicose, invenção, suplência e arte são questões para a clínica psicanalítica. O relato de uma experiência de leitura do Seminário do Sinthoma coincidente com o acompanhamento de um paciente psicótico em clínica particular acaba apontando que não só que as soluções não têm esse caráter de solução sem abalo que muitas leituras sugerem, mas que a obra que os analisandos constroem como suplência apesar de frágil, promovem, nele, a causa para seguir adiante. Articulando de forma diferente os problemas deixados por Freud, o artigo apresenta a necessidade de incluir a clínica com as psicoses, tanto quanto a invenção, como termos que se ligam à arte. A ligação, separação, dissolução e fugacidade que ocorre no fazer arte implica as diferentes possibilidades de ligação entre quatro termos, levando à possibilidade de haver uma política alternativa para enlaçar psicose, invenção, suplência e arte.