Seminário Enlaçamentos e desenlaçamentos do inconsciente
26 maio às 20:00 - 22:00
O objetivo do Seminário é o de mostrar que a noção de enlaçamento e desenlaçamento é íntima aos efeitos do inconsciente. O fundamento do enlaçamento se apresentar ligado ao desenlaçamento, pelo inconsciente, pode ser apreendido desde suas formações, como formações do inconsciente. Nelas, iremos poder reconhecer que alguma produção se realizou, como um sonho, por exemplo, ao mesmo tempo em que constatamos, quando o inconsciente é apreendido na experiência analítica, que o sonho se desenlaça ao ser contado. Não somente o sonho contado não é mais o mesmo do sonho sonhado, mas tambem que o desenlaçamento é constitutivo do ser de fala. Ele se enlaça pela linguagem com o Outro, desde sua constituição, tanto quanto se separa dele. Se separa, se enlaçando em outra posição. Se o inconsciente é causa do enlaçamento/desenlaçamento, sendo essa a proposta do Seminário, é preciso incluir junto aos três, um quarto elemento, o tempo. Não há enlaçamento/desenlaçamento pelo inconsciente, que não seja marcado pelo tempo do comparecimento do sujeito. Sua presença, desde o inconsciente, é o que permite reconhecer que o tempo, é contado pelo advento da presença do sujeito. Em que a articulação de enlaçamento/desenlaçamento, pelo inconsciente, com a inclusão do tempo, permite avançar as questões que nos ocupam desde a Psicanálise em intensão, em sua relação necessária com a extensão? Alguns pontos merecem ser destacados, dentre eles, o do acompanhamento do enlaçamento/desenlaçamento no que se refere a ligação entre Escritos e Seminários, na obra de Lacan. Isso porque, resta em muitos momentos esclarecer a concepção que organiza a relação Escritos e Seminários, e tambem, no que se refere as elaborações que se recolhem de cada um deles, quanto ao manejo clínico, o ensino e a formação do psicanalista. Se não há somente enlaçamento entre Escritos e Seminários, como se aborda o lugar para cada um deles? Questões que não se resumem aos interessados na formação do psicanalista, tão somente, mas sim, a cada um dos praticantes e implicados com a Psicanálise, que visam esclarecer questões que não podem ser articuladas se não são remetidas a determinados textos, e não, a determinados temas gerais que as englobam. Enlaçamento/desenlaçamento é a forma mesma do funcionamento do inconsciente produzir tempo com sujeito, nos levando a retomar o problema trazido por alguns analisantes que se mantem congelados no enlaçamento, tanto quanto no desenlaçamento. O problema é que nem sempre o gelo derrete, mesmo a temperaturas elevadas. Tanto quanto pode se descongelar e virar água, evaporar, não tendo mais como se sustentar. Como entender a fixidez dessas posições que não se deslocam, ou que se deslocam de forma extremamente reduzida? Nesse ponto a articulação visa abordar a interpretação de forma a que possa, em seu manejo, reconhecer que o desenlaçamento porta o enlaçamento, desde sua escrita. Ou seja, não se trata, portanto, de visar o desenlaçamento, retirando o sujeito de uma posição, mas sim de levá-lo a experimentar a insistência no enlaçamento, como forma de cultivar, sem saber, o desenlaçamento. Significa afirmar que a noção de enlaçamento/desenlaçamento tornaria a análise infinita? A não ser que não estejamos advertidos, desde a experiência psicanalítica, que o enlaçamento pelo inconsciente vivido numa análise, é o que vai promover um momento em que o desenlaçamento com o analista, produz um outro tipo enlaçamento a partir do que caiu e foi perdido com ele. Qual é a tipicidade desse novo enlaçamento portado pelo desenlaçamento? Para considerar um Outro tipo de enlaçamento que é íntimo ao desenlaçamento, é preciso distingui-lo do que acontece na mania, paranoia, no deslumbramento, na paixão amorosa e no ódio como paixão. Nesse último, podemos recolher um tipo de congelamento que é sinônimo de recusa ao desenlaçamento. Nessa direção, a insistência no descongelamento suscita o gozo na solidão do enlaçamento. Momento de ruptura de muitas experiências. A forma pela qual se concebe a relação enlaçamento/desenlaçamento permite interrogar a finalidade da Psicanálise no laço social. Considerando que as montagens realizadas sem a participação do discurso analítico produzem maior acentuação no enlaçamento sem desenlaçamento, como articular a incidência do desenlaçamento de forma a que permita promover o enlaçamento com sujeito? Abre-se, desde então, a possibilidade de desenlaçamento que não são realizados somente pelo discurso analítico, mas sim, com a presença de outros nos quais podemos reconhecer a vigência de iniciativas que produzem desenlaçamento portadores de enlaçamentos. A prática do enlaçamento/desenlaçamento, desde o inconsciente, permite interrogar não somente as práticas que fazem do desenlaçamento causa para um enlaçamento cada vez mais consistente. Além disso, as condições de não realização da ligação entre enlaçamento/desenlaçamento mostram o fracasso como termo constitutivo do inconsciente e seu manejo. Ao mesmo tempo que acentuam a possibilidade de reconhecer reinvenções que fracassam na ligação entre enlaçamento e desenlaçamento de forma constante.
Apesar de gratuito sugere-se uma doação voluntária que será repassada a instituições de ajuda humanitária. A chave PIX do Instituto Vox é: 19.740.548/0001-04.
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O objetivo do Seminário é o de mostrar que a noção de enlaçamento e desenlaçamento é íntima aos efeitos do inconsciente. O fundamento do enlaçamento se apresentar ligado ao desenlaçamento, pelo inconsciente, pode ser apreendido desde suas formações, como formações do inconsciente. Nelas, iremos poder reconhecer que alguma produção se realizou, como um sonho, por exemplo, ao mesmo tempo em que constatamos, quando o inconsciente é apreendido na experiência analítica, que o sonho se desenlaça ao ser contado. Não somente o sonho contado não é mais o mesmo do sonho sonhado, mas tambem que o desenlaçamento é constitutivo do ser de fala. Ele se enlaça pela linguagem com o Outro, desde sua constituição, tanto quanto se separa dele. Se separa, se enlaçando em outra posição.
Se o inconsciente é causa do enlaçamento/desenlaçamento, sendo essa a proposta do Seminário, é preciso incluir junto aos três, um quarto elemento, o tempo. Não há enlaçamento/desenlaçamento pelo inconsciente, que não seja marcado pelo tempo do comparecimento do sujeito. Sua presença, desde o inconsciente, é o que permite reconhecer que o tempo, é contado pelo advento da presença do sujeito.
Em que a articulação de enlaçamento/desenlaçamento, pelo inconsciente, com a inclusão do tempo, permite avançar as questões que nos ocupam desde a Psicanálise em intensão, em sua relação necessária com a extensão?
Alguns pontos merecem ser destacados, dentre eles, o do acompanhamento do enlaçamento/desenlaçamento no que se refere a ligação entre Escritos e Seminários, na obra de Lacan. Isso porque, resta em muitos momentos esclarecer a concepção que organiza a relação Escritos e Seminários, e tambem, no que se refere as elaborações que se recolhem de cada um deles, quanto ao manejo clínico, o ensino e a formação do psicanalista. Se não há somente enlaçamento entre Escritos e Seminários, como se aborda o lugar para cada um deles?
Questões que não se resumem aos interessados na formação do psicanalista, tão somente, mas sim, a cada um dos praticantes e implicados com a Psicanálise, que visam esclarecer questões que não podem ser articuladas se não são remetidas a determinados textos, e não, a determinados temas gerais que as englobam.
Enlaçamento/desenlaçamento é a forma mesma do funcionamento do inconsciente produzir tempo com sujeito, nos levando a retomar o problema trazido por alguns analisantes que se mantem congelados no enlaçamento, tanto quanto no desenlaçamento. O problema é que nem sempre o gelo derrete, mesmo a temperaturas elevadas. Tanto quanto pode se descongelar e virar água, evaporar, não tendo mais como se sustentar.
Como entender a fixidez dessas posições que não se deslocam, ou que se deslocam de forma extremamente reduzida? Nesse ponto a articulação visa abordar a interpretação de forma a que possa, em seu manejo, reconhecer que o desenlaçamento porta o enlaçamento, desde sua escrita. Ou seja, não se trata, portanto, de visar o desenlaçamento, retirando o sujeito de uma posição, mas sim de levá-lo a experimentar a insistência no enlaçamento, como forma de cultivar, sem saber, o desenlaçamento. Significa afirmar que a noção de enlaçamento/desenlaçamento tornaria a análise infinita? A não ser que não estejamos advertidos, desde a experiência psicanalítica, que o enlaçamento pelo inconsciente vivido numa análise, é o que vai promover um momento em que o desenlaçamento com o analista, produz um outro tipo enlaçamento a partir do que caiu e foi perdido com ele. Qual é a tipicidade desse novo enlaçamento portado pelo desenlaçamento?
Para considerar um Outro tipo de enlaçamento que é íntimo ao desenlaçamento, é preciso distingui-lo do que acontece na mania, paranoia, no deslumbramento, na paixão amorosa e no ódio como paixão. Nesse último, podemos recolher um tipo de congelamento que é sinônimo de recusa ao desenlaçamento. Nessa direção, a insistência no descongelamento suscita o gozo na solidão do enlaçamento. Momento de ruptura de muitas experiências.
A forma pela qual se concebe a relação enlaçamento/desenlaçamento permite interrogar a finalidade da Psicanálise no laço social. Considerando que as montagens realizadas sem a participação do discurso analítico produzem maior acentuação no enlaçamento sem desenlaçamento, como articular a incidência do desenlaçamento de forma a que permita promover o enlaçamento com sujeito? Abre-se, desde então, a possibilidade de desenlaçamento que não são realizados somente pelo discurso analítico, mas sim, com a presença de outros nos quais podemos reconhecer a vigência de iniciativas que produzem desenlaçamento portadores de enlaçamentos.
A prática do enlaçamento/desenlaçamento, desde o inconsciente, permite interrogar não somente as práticas que fazem do desenlaçamento causa para um enlaçamento cada vez mais consistente. Além disso, as condições de não realização da ligação entre enlaçamento/desenlaçamento mostram o fracasso como termo constitutivo do inconsciente e seu manejo. Ao mesmo tempo que acentuam a possibilidade de reconhecer reinvenções que fracassam na ligação entre enlaçamento e desenlaçamento de forma constante.
Apesar de gratuito sugere-se uma doação voluntária que será repassada a instituições de ajuda humanitária. A chave PIX do Instituto Vox é: 19.740.548/0001-04.
Atividade aberta e gratuito ao público.
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