Em maio de 2022 iniciamos um grupo com o objetivo de pensar as relações entre o tema da voz e do feminino. Esse desejo de pesquisa foi fruto de um estudo prévio de 3 integrantes, desde o segundo semestre de 2021. Assim, nossa proposta de pesquisa dentro do Instituto Vox, pretende nortear-se pelo eixo psicanálise e mulheres.
Em seu livro A voz na clínica psicanalítica (2018), Vivès pontua que o sujeito para advir precisa ser convocado por uma voz. Essa voz, banha o bebê com sua musicalidade materna e o coloca em relação com o outro, possibilitando uma entrada na linguagem. A voz seria aquilo que sustenta a relação entre as palavras e a posição desejante de cada sujeito.
Haveria então alguma especificidade em relação a voz e a subjetivação no campo do feminino? Se sim, quais seriam essas diferenças e como elas atuariam na constituição subjetiva?
Vivès localiza em seu livro “A voz no divã” (2020), que a questão do feminino é abordada por Freud a partir da dimensão visual. Neste sentido, recupera a ideia da mascarada feminina, de Joan Riviere, como a tentativa de criar um parecer que se substitui ao ser, encobrindo a falta por uma máscara.
O que se passa quando a máscara cai? Se antes a mulher estava presa ao olhar do Outro, enodando sua existência a partir de um ‘se fazer ver’ da pulsão escópica, no momento em que o desejo do Outro não se encontra mais ali, o que resta desta mulher?
Deixar este Outro cair seria uma forma de fazer deslocar este olhar e poder então encontrar outras vias para o desejo, trazendo à tona a pulsão invocante e um ‘se fazer ouvir’ como direção?
Tais questões funcionam como disparadores para o que queremos investigar. Pretendemos, com o avanço dos estudos, trabalhar a diferença entre a ideia de feminino e de mulher em relação ao nosso campo de pesquisa, no sentido de direcionar nosso recorte bibliográfico.
Assim, nossa pesquisa tem como norte desdobrar o que é a voz em seus possíveis enlaces com o campo do feminino.
Atividade Restrita a Membros e Participantes da pesquisa no Instituto Vox.
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Em maio de 2022 iniciamos um grupo com o objetivo de pensar as relações entre o tema da voz e do feminino. Esse desejo de pesquisa foi fruto de um estudo prévio de 3 integrantes, desde o segundo semestre de 2021. Assim, nossa proposta de pesquisa dentro do Instituto Vox, pretende nortear-se pelo eixo psicanálise e mulheres.
Em seu livro A voz na clínica psicanalítica (2018), Vivès pontua que o sujeito para advir precisa ser convocado por uma voz. Essa voz, banha o bebê com sua musicalidade materna e o coloca em relação com o outro, possibilitando uma entrada na linguagem. A voz seria aquilo que sustenta a relação entre as palavras e a posição desejante de cada sujeito.
Haveria então alguma especificidade em relação a voz e a subjetivação no campo do feminino? Se sim, quais seriam essas diferenças e como elas atuariam na constituição subjetiva?
Vivès localiza em seu livro “A voz no divã” (2020), que a questão do feminino é abordada por Freud a partir da dimensão visual. Neste sentido, recupera a ideia da mascarada feminina, de Joan Riviere, como a tentativa de criar um parecer que se substitui ao ser, encobrindo a falta por uma máscara.
O que se passa quando a máscara cai? Se antes a mulher estava presa ao olhar do Outro, enodando sua existência a partir de um ‘se fazer ver’ da pulsão escópica, no momento em que o desejo do Outro não se encontra mais ali, o que resta desta mulher?
Deixar este Outro cair seria uma forma de fazer deslocar este olhar e poder então encontrar outras vias para o desejo, trazendo à tona a pulsão invocante e um ‘se fazer ouvir’ como direção?
Tais questões funcionam como disparadores para o que queremos investigar. Pretendemos, com o avanço dos estudos, trabalhar a diferença entre a ideia de feminino e de mulher em relação ao nosso campo de pesquisa, no sentido de direcionar nosso recorte bibliográfico.
Assim, nossa pesquisa tem como norte desdobrar o que é a voz em seus possíveis enlaces com o campo do feminino.
Atividade Restrita a Membros e Participantes da pesquisa no Instituto Vox.
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